01/07/2014

3 casais fictícios apaixonadamente complicados.

Namorar na vida real é difícil. E tudo parece sempre mais fácil no mundo fictício, certo? Estes três casais provam que a realidade e ser aceitado exatamente como é sempre será um dos melhores tipos de relacionamentos, verdadeiro ou imaginário. Vejam só:


1. Kenickie e Rizzo (Grease, 1978)

Rizzo e Kenickie foram interpretados pelos incríveis atores Stockard Channing e o já, infelizmente, falecido Jeff Conaway.


A maioria dos fãs de Grease se focam no romance de Sandy (Olivia Newton-John) e Danny (John Travolta) e faz sentido já que eles são o casal principal. Mas Rizzo sempre foi minha personagem favorita. Ela era sagaz, esperta, cínica e sem medo de fazer o que queria na hora que queria e cá entre nós, sempre achei o Kenickie bem mais atraente do que Danny de qualquer forma. 
E esse casal é incrível. Kenickie aceita Rizzo como ela é e Rizzo faz o mesmo com ele. Nenhum deles tenta mudar como Sandy e Danny fazem ao longo do filme. Kenickie não se gaba sobre ela, mas o ciúmes que os dois sentem um pelo outro é notável. 
Ela claramente gosta dele desde o começo, já que pede que ele a chame pelo primeiro nome- que é Betty- quando estão se beijando no carro. Ele é louco por ela e até diz *SPOILER* que fará dela uma "mulher honesta". *FIM DE SPOILER*

E sim, na superfície eles não parecem nada disso. Os dois brigam o tempo inteiro e ele parece até ser um tanto rude com ela, assim como ela é com ele, contudo eles se entendem- e se amam pelo o que são- e por baixo dessa carapuça de "durões" os dois são loucamente apaixonados um pelo outro.

"Eu tenho tantos chupões que pessoas pensaram que eu sou uma leprosa."
"Se anime. Um chupão do Kenickie é como um Hallmark card. Você só se importa o bastante para dar aos melhores."

E adivinhem, esses chupões são verdadeiros, já que Jeff Conaway fez questão de dá-los em Stockard. Não acredita? Escute-a aqui:



(X) De 0:43 a 0:59.


Os dois são problemáticos, românticos e reais, provando que o amor não é perfeito assim como o seu amado também. Um casal não convencional e o melhor de tudo, real. 

Ps: e se você não assistiu Grease sugiro que faça agora. Sério!


2. Scarlett O'Hara e Rhett Butler (...E o Vento Levou de Margaret Mitchell, 1936)


Scarlett e Rhett fazendo o que mais gostam: esbanjar. (Não é meu gif.) 

O livro escrito por Margaret Mitchell é uma novela épica. E o romance entre a teimosa Scarlett e o obstinado Rhett continua a intrigar milhares de pessoas desde seu lançamento em 1936.
Scarlett é vivaz, inteligente, teimosa, impaciente, interesseira e alguém que sabe o que quer, fazendo assim um par perfeito com Rhett, um homem calmo, planejador, bom de lábia e que faz o que quer quando quer também.  E ele quer Scarlett, enfim. 
O relacionamento dos dois é no mínimo conturbado, já que Scarlett está "apaixonada" por outra pessoa e Rhett como o homem paciente que é, sabe que mais cedo ou mais tarde conseguirá o que quer.
Como casal, ele a aceita- novamente- pelo jeito que ela é. Rhett sabe de todos os defeitos de Scarlett e mesmo assim ele é louco por ela. Cega por interesses próprios, Scarlett deixa de perceber muitas vezes o quanto deseja Rhett também. 
Se é uma história de amor perfeita? Claro que não, mas assim é a vida. Entre os percalços e triunfos, a vida sempre acaba trazendo Scarlett e Rhett ao lado um do outro, sem que nenhum deles tenha que se mudar para o outro e sim crescerem juntos como seres humanos.
Um amor digno de 8 Oscars.

"Você deveria ser beijada frequentemente e por alguém que sabe como." (Não é meu gif)



3. Jo e Laurie ( Mulherzinhas de Louisa May Alcott, 1868).
Ps: Conto inúmeros spoilers sobre essa história. Estão avisados.

Minha versão favorita do filme é a de 1949, com June Allyson e Peter Lawford, mas a de 1933 é otima também. Ah, e fiquem atentos para verem uma novinha Elizabeth Taylor como Amy no de 1949.


O livro Mulherzinhas de Louisa Alcott é no mínimo controverso. E não digo no teor da história e sim dos casais presente nelas. Muitos, assim como eu, acreditam que Jo deveria ter terminado com Laurie e não com o professor Bhaer. Mas se a escritora pudesse ter decidido, ela deixaria Jo como uma solteirona. E acreditem, eu acho ótimo já que ela parecia ser uma personagem independente que ninguém conseguiria segurar. Mas o modo de transição do relacionamento com o professor foi completamente mal construído. 

E na minha humilde opinião de leitora, se fosse para Jo ficar com alguém seria Laurie. Os dois, como ela mesma diz, eram parecidos demais em temperamento, mas eram diferentes também. Ele era calmo, obstinado e louco por ela, enquanto Jo era decidida, espontânea e adorável.  E mesmo quando Laurie termina casando com Amy, conseguimos perceber que ele ainda amava Jo.

Um final que ainda arrasa corações de muitos leitores, e com isso, não digo que o professor era um personagem ruim, mas como a autora mesma disse, ela somente deixou Jo com o Bhaer como uma forma de contrariar as leitores que desesperadamente queriam que Jo terminasse com alguém. 
E por isso que eu digo, que se fosse assim seria melhor Jo não ter ficado com ninguém, já que não ficou com Laurie. 

Porque Laurie aceitava suas limitações e as de Jo também, assim como ela fazia com ele. E há algo melhor do que isso?


A versão de 1994 com Winona Ryder e Christian Bale. Vale muito a pena assistir. 










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