Era véspera de Natal. Havia lido em uma revista sobre um livro que me parecia extremamente interessante. O nome, no entanto, soava bem infantil: O Estranho Caso do Cachorro Morto. No momento em que li a resenha do livro, que tratava sobre um menino autista- chamado Christopher Boone- tentando desvendar o caso de um cão que morreu misteriosamente, soube que precisava tê-lo e lê-lo também.
Pedi ao meu pai que comprasse o livro como presente, só que ele comprou o livro errado. Ele havia comprado Marley e Eu, que embora fosse um livro maravilhoso, não era o livro que queria.Ele retornou a livraria e comprou o certo dessa vez. Fiquei extasiada. E o li em uma noite.
O autor do livro, Mark Haddon, não tinha em mente escrever um livro que tivesse um menino autista. Essa ideia veio ao decorrer do livro, como ele mesmo conta: "[ A ideia] veio de uma imagem em minha cabeça de um cachorro morto com um forcado nele.Eu só queria uma boa imagem para essa primeira página.[...] Então o cão veio primeiro e depois a voz.Somente depois de algumas páginas eu comecei a me perguntar "A quem essa voz pertence?". Então Christopher apareceu, na verdade, enquanto o livro já estava sendo escrito."
Ele já havia trabalhado com pessoas com necessidades especiais, mas aquilo foi há muito tempo, mais de 20 anos, e ele tinham em mente criar um personagem que todos pudessem se identificar, mesmo que fosse com uma característica ou particularidade do personagem.
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